Somos os vestígios de um passado distante.
Somos a poeira do que foi importante.
As vezes, eu me pego olhando e contemplo
o retrato reluzente daquilo que já passou,
o silêncio oculto nas linhas de todo o tempo
de tudo que sei, daquilo fui ou tudo que sou.
E de não saber se é a distância ou o passado,
ou ilusão da mente ou um retrato amassado,
ficamos admirados pelo que já passou
pra todos os olhos menos pros nossos...
Esses olhos cegos pela angústia e pelos medos
trancados no fundo de nossas almas e segredos,
ao se lembrar das luzes que se apagaram
e nossos sonhos abandonados contemplaram
os rascunhos não vividos que escapam aos nossos dedos.
Não cabe a nós saber o que nos espera no futuro
mas cabe a nossa alma o direito de ir a luta
se essa força necessária se oculta
na dúvida que se esconde no escuro.
Lutar pela vitória ou aceitar a perdição.
Ou você contempla a luz de tentar
e corre-se o risco de se perder ao se achar,
Ou enfrenta o medo da escuridão.
Vou ir ao encontro da luz, se vencer
ou ter a certeza das trevas e não ter
e então reviver a luz de nossas estrelas e sonhos
que há tempos se mantiveram apagadas pelos medos.
Cristiano Lendarius / Aline Melo
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