terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Poeira de estrelas


Somos os vestígios de um passado distante. 
Somos a poeira do que foi importante. 
As vezes, eu me pego olhando e contemplo 
o retrato reluzente daquilo que já passou, 
o silêncio oculto nas linhas de todo o tempo 
de tudo que sei, daquilo fui ou tudo que sou. 
E de não saber se é a distância ou o passado, 
ou ilusão da mente ou um retrato amassado, 
ficamos admirados pelo que já passou 
pra todos os olhos menos pros nossos...

Esses olhos cegos pela angústia e pelos medos
trancados no fundo de nossas almas e segredos,
ao se lembrar das luzes que se apagaram
e nossos sonhos abandonados contemplaram
os rascunhos não vividos que escapam aos nossos dedos.

Não cabe a nós saber o que nos espera no futuro
mas cabe a nossa alma o direito de ir a luta
se essa força necessária se oculta
na dúvida que se esconde no escuro. 

Lutar pela vitória ou aceitar a perdição.
Ou você contempla a luz de tentar
e corre-se o risco de se perder ao se achar,
Ou enfrenta o medo da escuridão.

Vou ir ao encontro da luz, se vencer
ou ter a certeza das trevas e não ter
e então reviver a luz de nossas estrelas e sonhos
que há tempos se mantiveram apagadas pelos medos. 

Cristiano Lendarius / Aline Melo


Nenhum comentário:

Postar um comentário