segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

SEREI



Quando você foi árvore, eu fui terra,
Fui guerra que encerra. Um erro e nada mais
Se você foi pássaro, eu fui vento
Você, a espera, eu o lamento. Momento que se desfaz.

Quando você se tornou a partida
Fui a dor da despedida, caos que vem dos vendavais.
E se você se tornar a estrada, eu serei uma pegada
perdida entre os coqueirais.

Quando você for a eternidade,
Eu serei uma saudade, tempo que não se refaz.
E se você se tornar um lamento
Eu serei o sentimento nos olhos dos animais.

E se você se torna imensidão, serei aquele clarão
das estrelas do infinito
Você, sendo lágrima de tristeza, eu serei sua certeza
de um dia mais bonito

E até que o tempo pare de passar, você, a chuva e eu, o mar
presos em uma lembrança.
E desde o início até o fim, eu pra você, você pra mim
Serei a música, serás a dança.

domingo, 4 de dezembro de 2022

Mesmo assim

 Eu me lembro...

...de quando meu sorriso não era apenas uma máscara que esconde a dor.

Eu entendo...
... que nem sempre essa busca que me move mostrará algum valor.

Compreendo...
...que eu não posso parar o amanhecer  usando a minha mão.

E eu me rendo...
...fecho os olhos, dou um salto e entro no caos da ilusão... do amor

Teus belos olhos iluminam minha estrada
e a madrugada vem em cores irreais.
Eu vejo a música que habita no silêncio,
e seus sussurros trazem sons celestiais.

Eu vejo você vindo em minha direção
trazendo numa mão a dor e na outra, o fim.
E os teus olhos dizem a mim pra que eu escolha entre a paixão
ou um coração vazio, que é dor mesmo assim.

É como se eu tivesse que escolher entre você ou você.
Eu nunca tive escolha pois para mim só ha você ou você.

UM DIA QUALQUER

 

Tenho perguntas que não querem se calar:
Qual é a mão que move os nossos pensamentos?
E pra onde vão os nossos sonhos ao despertar?
Quais as palavras ditas nos uivos dos ventos?

Como se alcança o entendimento longe de uma verdade?
E onde estão trancados todos os momentos não vividos?
É possível tranformar minha loucura em santidade?
Me diga, como se cura um coração ferido?

Estou buscando um fim para que eu possa ser o meio
Uma resposta que me faça querer não mais buscar
Pra que essa ilusão não seja o único devaneio
Pra eu deixar de ser uma piada que faz o mundo inteiro... chorar

Tenho perguntas que pertubam o meu sonhar...
Pra onde vão os passos dos caminhos que não andei?
E onde estão presas as lágrimas que eu não consegui chorar?
E quem roubou todos os sorrisos que eu não dei?

Diga aos meus olhos onde estão os pores do sol que eu não vi
Diga à minha boca onde estão os beijos que eu não pude dar
Grite aos meus ouvidos e devolva as belas músicas que eu não ouvi
E mostre aos meus pés os caminhos que eu perdi ao não caminhar...

Levante-se!
Mova-se!
Una-se a mim.
Cure-se!
Liberte-se!
Solte-se assim.
Sinta-se!
Proteja-se!
Seja seu sim
Olhe-se!
Ame-se
até o fim!

APENAS



Uma estrela teve que morrer
Só pra eu conseguir te dizer .... oi
Então vi a ironia de chegar a esse dia
e não saber o que falar.

E se eu pudesse escrever
O que eu não sei saber de tudo aquilo que se foi
Então cessaria a agonia de uma dor que cresceria
dia-a-dia sem parar.

E o que falar?
Como pensar em fugir
Pra não sonhar?
Apenas não existir

Mil escolhas tiveram que cair
Só pra eu insistir, e não mais dizer não
E as palavras que me faltam são como sombras que me cercam
Que queimam com desejo e sem razão

Tantos erros eu cometi
Só pra tentar sentir o fogo de uma ilusão
Então me apego aos meus passos e desfaço esses laços
Se vai queimar, que queime a paixão

E o que falar?
Como pensar em fugir
Pra não sonhar?
Apenas não existir

Uma estrela teve que morrer
Só pra eu conseguir te dizer .... oi
Então vi a ironia de chegar a esse dia
e não saber...

...o que falar?
Como pensar em fugir
Pra não sonhar?
Apenas não existir

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Canto mesmo sem cantar



Canto mesmo sem saber
Canto mesmo sem querer. Que o meu canto chegue até você.
Canto antes de pensar
Canto mesmo antes de falar o que eu não sei dizer.
E que o canto traga as respostas pras perguntas que eu nunca fiz e nem irei fazer.

Canto porque eu não quero gritar.
Canto pois ainda não é a hora de enlouquecer.
E que minha música te faça dançar,
pra que sua dança me faça esquecer
que eu não sei cantar.

Canto pra não desistir
Canto diante da dor que o mundo nos faz sentir.
Canto para não chorar.
Canto porque a loucura da vida me faz cantar
E que o canto se torne a resposta que acalma o meu coração e me ajude a caminhar.

Canto porque eu não quero gritar.
Canto pois ainda não é a hora de enlouquecer.
E que minha música te faça dançar,
pra que sua dança me faça esquecer
que eu não sei cantar.

Canto porque eu não quero gritar.
Canto pois ainda não é a hora de enlouquecer.
E que minha música te faça dançar,
pra que sua dança me faça esquecer
que eu canto mesmo sem cantar.

Mar

Nesse mar, que é a vida, me chame de capitão. E na minha burra coragem eu escolho afundar junto com o meu barco de ilusões do que abandonar-me de mim mesmo.

Queimando

Eu aprendi a amar com uma intensidade incomum, de uma forma que me queima e me faz renascer pra poder queimar de novo. 
Essa força se mostra no instante em que eu percebo que tenho a capacidade de fazer cessar, de suprimir o amor, mas não faço. Deixo-me consumir. 
Tudo isso se tornou tão grande que queimar é o que me sobrou, é o que me liga à coisa amada. Eu aprendi a ver a beleza na tristeza e no caos, isso me ajudou a simplesmente não ligar pro coração em chamas...
Pra mim, não é mais importante o ato de renascer das cinzas. O importante é aprender a enxergar a beleza de se tornar cinzas...
...e eu canto enquanto meu coração queima...

quarta-feira, 1 de julho de 2020

GUERREIROS



Erguei-vos, oh miseráveis à margem da pobre nação.
Guerreiros de mãos calejadas, com sonhos jogados no chão
Vamos mostrar a nossa força e combater essa maldição
Vamos mostrar que em nosso peito também bate um coração

Erguei-vos, oh filhos da nação
Com punhos cerrados e a alma que grita: Não passarão!
Erguei-vos, oh filhos da nação
Pois o ódio, a maldade, a ganância e a mentira não passarão.

A história se escreve diante de nós
Um mundo caído, sem ordem, sem lei
E o ódio que tenta calar nossa voz
Defendendo um louco que sonha ser rei

E o louco que tenta matar todos nós
Quer trazer de volta a escuridão
A mentira que cega é sua arma atroz
Que engana e ilude uma multidão

Sinta o meu coração
Quando eu canto a mesma canção
Para superar um abismo profundo
E calar o ódio que quer calar o mundo.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

NO SILÊNCIO



Um homem que caminha pela escuridão, sozinho
traz consigo a ilusão e as marcas do próprio caminho.

Quando você sonha, tudo aquilo que sempre 
pareceu estar distante, se coloca à frente

E quando tudo que restar for apenas harmonias 
silenciosas das músicas que nos tornaram diferentes?

Nesse momento sentiremos sem sentir e choraremos 
no silêncio de nossos corações...

E nosso pranto, um grito que não é ouvido, a palavra certa 
que guia todas as nossas canções...

...de agora até a próxima vez

domingo, 26 de janeiro de 2020

O Segredo da Montanha



Quando você se coloca longe da montanha 
e percebe tudo aquilo que um dia acreditou ser, 
de repente se convence que não é...

E o mundo tenta te mostrar que 
a verdade é tudo aquilo, um contrário 
do avesso do pensar, mas pensando bem, 
“tudo aquilo” é um resumo do que você quiser.

Quando você se coloca longe da montanha 
é possível olhar o Todo em 
toda sua dimensão, e nesse momento, 
tudo aquilo que nos sobra é imensidão.

A vida mostra o caminho, 
e ele se mostra vazio. 
E essa ausência do você quer 
é um sinal de que aquilo que você não tem 
pode ser tornar o que quiser.

Então, segure a minha mão. E vamos caminhar

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O ÚLTIMO PACTO



Caminhando na solidão de uma estrada escura,
na encruzilhada, a eminência de me perder de vez.
No meu peito, o medo da promessa e da loucura
vai me levar para o inferno de minha lucidez.

E um grito ecoou vindo de todas as direções
e o som pulsava no coração de quem o ouviu.
E do mais frio e escuro lado negro da noite
a voz que sussurrava e amedrontava, me sorriu.

Era o sussurro da morte chegando até mim,
me acolhendo e me guiando em meu abandono.
Chamou pelo meu nome, ofereceu-me o silêncio
e a perpétua habitação do profundo e eterno sono.

Quando a imobilidade de meus pés mostrar
que meu tempo neste mundo já acabou,

Quando, enfim, meu coração prostrar,
Me dizendo em versos mudos que parou...
...somente sinta a minha dor.


Nas linhas falhas do destino em nossa mão,
o desencontro em nossa vida se cumpria.
Se o silêncio é o equilíbrio da perfeição,
a dualidade da loucura se tornará sabedoria

A pior tristeza que existe
é aquela cujo sentido não existe,
porque assim como não tem razão,
também não tem solução.

Somente sinta a minha dor.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Música


Tudo que eu sou, todo o sentimento que existe em mim e eu posso expressar, tudo que ainda acelera o meu coração, o que me emociona e me traz sensações antigas, tudo isso se resume à MÚSICA.
Ela é o sentimento manifestado de forma física e bruta, ela me controla e me orienta, me faz crescer e me mantem no caminho. 
Ela é a minha magia. 
É o som que transcende o tempo e o espaço.
É a forma de todos os sentimentos. 
É o barulho que pensa, a mão que toca sua alma... 
Ela é o fim pra que eu seja o meio. 
Ela transforma a minha loucura em santidade e é vento que impulsiona minhas asas. 
É a partida, o caminho e a chegada. 
É a minha vida e a minha morte, o meu tudo e o meu nada.

quinta-feira, 5 de março de 2015

DÉCIMA


O que eu digo, o que eu penso, o que eu sou ou o que eu canto,
não se faz importante ante ao que quero mais 
e a magia que ecoa e conta o mesmo conto 
do sutil "por enquanto" ou de um vil "tanto faz..." 

Nessa mensagem que, simplesmente passeia
em sua mente que, tão indiferente, desfaz 
todo o tempo que, então, sutilmente rodeia 
o vazio, o pesar, a ilusão e nada mais. 

Então sigo o destino que eu mesmo criei
sendo o mito do tempo, o herdeiro da glória 
me tornando o guerreiro da décima história 
pra que meus atos ecoem através do que sei. 

Sou o décimo filho da décima escrita,
um passado esquecido em um tempo de loucura, 
um grito que ecoa a verdade não dita 
sendo a luz que vagueia nessa noite escura. 

E pra cada segundo que se vai em vão,
vejo todo o meu passado no constante se criar. 
Eu sei que o saber não sai de minha mão, 
pois o momento é a gota e a eternidade é o mar. 

Então sigo o destino que eu mesmo criei
sendo o mito do tempo, o herdeiro da glória 
me tornando o guerreiro da décima história 
pra que meus atos ecoem através do que sei.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O RIO DO TEMPO



Eu penso que o tempo é um rio que corre 
indo na direção deste "lugar nenhum ",
afogando a vida que nada sem rumo, 
 rumando sem forças num esforço incomum.
Correnteza implacável que leva os sonhos, 
que lava as dores, me mostre a estrada
que sagra as ideias e aponte a verdade, 
oh tempo, divindade do tudo e do nada.

Nesse rio de pedras, de galhos, de sonhos, 
de dores, de lutas eu vou navegar
e o barco da vida no rio do tempo 
eu sigo o tormento de não afundar.
Fui o santo da senda ou um louco qualquer, 
sete vezes caí, oito, me levantei,
e nas quedas da vida, eu fui o herói 
das batalhas e guerras que eu nunca lutei.

Na noite da loucura há pura vaidade 
ao ver a deidade tornar-se humano,
e na mente que engana com o sonho irreal,
vi o angelical se tornando insano.
No tempo que se esquece a prece se faz, 
digo o meu “até mais” para as coisas da vida,
e naquele abismo a me observar, 
logo eu vou guardar a minha alma sofrida.

Na resposta do escuro, aquilo que procuro 
me deu novas asas pra eu poder voar,
então eu vi um tempo de pura incerteza, 
a frieza que o vento soprou sem cessar
levando as folhas, varrendo a estrada 
e levando à jornada de todo o meu ser.
Então, eu fui a sombra e o medo da noite 
beijando a luz de cada amanhecer.

Na palavra que canto esse verso, esse pranto, 
eu cultivo o encanto em meio à loucura.
No jogo do destino, o tempo foi brutal, 
tal qual mero rival que do mal foi a cura.
e no olhar eu entrego a luz pra quem é cego, 
e colhendo o sonho dentro da razão
e tudo que procuro me traz o que é puro 
o sublime escuro nos dizendo "não".

sexta-feira, 7 de março de 2014

O canto do nada


E no meio de um delírio incontrolável
eu pude conversar com essa solidão.
Eu senti meus pés cravados nesse chão
e minha mente se tornou mais que indomável. 

Senti o vento que soprava intensamente 
e me contava sobre um passado distante 
E essa visão que foi surgindo em minha mente 
me levou pra um lugar, pra um instante. 

E com o canto deste nada que me atrai, 
eu sigo sempre destinado a não sonhar, 
entretanto, sonho com a chuva que não cai 
entre tantas palavras ditas sem falar. 

E neste sonho, eu caminho sempre só. 
Eu procurei por um sentido imaculado 
e voltei com a tristeza ao meu lado 
ao entender que sou o nada, sou o pó. 

Eu tropeço nas pedras que o tempo esqueceu 
e busco o sentido do tempo que não passou. 
E o resumo de tudo que sinto, tudo que sou 
pode ser lido no livro que ninguém leu. 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

De todos nós



Procuro brechas luminosas entre as ruínas do amor
Fugindo de tudo aquilo que, me têm causado dor.
Esqueço de tudo aquilo que vivi ou que sonhei...
Torno, a tristeza, uma canção de tudo aquilo que eu não sei.

E que venha essa morte de tudo que eu acredito
me mostrar esse caminho que eu escolhi e tenho andado
e se for pra continuar caminhando bem ao seu lado,
sufoco a minha dor no silêncio de um grito.

As sombras já me seguem ao longo desse caminho
e essa luz que cerca os olhos me mostra por onde andar 
e de tanto caminhar me fiz forte, e vou sozinho
pois todos esses caminhos levam pro mesmo lugar.

E de todos os delírios, eu quero sempre o mais vulgar
e pago um preço infame por ser louco até o fim. 
Fluídos de uma chama que, em mim, arde sem queimar,
me faz fugir, mas não encontro nada além de mim.

E que o meu espírito possa ver essa verdade
e se desapegue desse amor que é decadente
daqueles que se despediram e se foram
e daqueles que sempre seguiram em frente.
E que minha sombra, no fluir de minhas lágrimas
possa sentir a brisa desse alvorecer
e siga, enfim, ao aconchegante ascender,
suave sol, que brilha, ao fim das madrugadas...

Tentamos nos encontrar e isso sempre é complicado.
E eu desejei não ter a sorte que a mente desenhou.
E sim, tentei me acordar por apenas um momento
e no firmamento da ilusão, meu pensamento voou.

Procurei palavras para expressar os meus medos,
Escolhi estradas, mas eu já não enxergo o chão,
Deitei ao sol para esquecer, da vida, os segredos.
Negociei palavras frias, numa tarde de verão...

No céu, vi meus medos e no chão, eu vi meus sonhos...
Nos galhos retorcidos, vozes de um tempo que passou,
flores de um presente, sementes de um futuro.
Histórias de momentos que ninguém contou.

Busquei o sentido seguindo os seus passos
Temi esses laços que estão me prendendo
Pisei nos meus sonhos, voei nos meus medos
e nesses segredos eu fui me perdendo.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Inalcançável




Escolhi uma estrela 
e mesmo sem crer ou tê-la, 
dei a ela o seu nome. 
Certa vez, em noite escura, 
fugindo da amargura,
e do amor que me consome, 
comecei a sentir medo 
ao revelar o meu segredo 
e para ela, eu cantei. 
E isso tudo que eu sentia, 
transformei em poesia 
tudo isso que eu sonhei. 

Em quatro notas musicais 
eu busquei o “algo mais” 
e toquei meu violão. 
Ritmo que sempre segue
o meu ser que está entregue
o meu desejo e coração. 
Vou seguindo esse compasso, 
e construindo esse laço
enquanto estou à caminhar. 
E essa canção me dá aquilo 
que me torna mais tranquilo, 
e sempre me tira o ar. 

E a estrela me olhou, 
e com ternura, ela chorou 
e me disse em meio ao breu: 
"Sei, tu és um sonhador
e eu não mereço o amor 
do nome que você me deu!” 
E cantando sem parar 
eu tentei te alcançar 
pra mostrar meu sentimento. 
Já com o rosto molhado 
e o espírito cansado 
desejei o firmamento. 

Nessa vida tudo finda, 
tudo é ida, tudo é vinda 
onde eu busco impossível. 
E vou continuar querendo,
nessa morte, ir vivendo 
até me tornar insensível. 
Mas, mesmo eu não podendo,
a verdade, ir dizendo 
em seu ouvido, bem baixinho, 
vou deixando, simplesmente, 
rolar a paixão ardente 
enquanto sigo meu caminho..."

Samuel Versan / Cristiano Lendarius

Iconoclastia Incendiária




Em uma noite sem estrelas eu perdi meu coração
no meio dessa confusão de amores corrompidos. 
E no meio desse caos de valores esquecidos, 
os sentimentos são banidos pelo orgulho da razão. 

Na tempestade pude ver o arco-íris que eu fiz 
e ele veio para cobrir e colorir a escuridão. 
Eu me perdi na ilusão de ser um mero aprendiz 
pois os meus olhos já não viam mais a luz desse verão. 

Suspiros frios de um vazio e ferido, coração. 
Sonhos coloridos que as nuvens nublaram... eu sei. 
E há muito tempo não choro mais na escuridão 
pois perdi a minha força nas guerras que não lutei 

Você, uma pessoa sempre tão distante e insensível 
sumindo em meus impulsos por te querer demais. 
Esse seu cheiro de adeus e essa dor incompreensível 
e os teus olhos marcados com estes sonhos irreais. 

Lágrimas derramadas como gotas de vinho no chão 
são como feridas que se abrem em noite clara. 
Gotas, essas, que nos marcam e nunca secarão, 
é o sentido que se perde e nunca se repara. 

Suspiros frios de amores que se perderam por ai 
e suas palavras pesadas cheias de dor e confusão. 
A minha alma ,que é guerreira, não trará marcas em si. 
Eu vou dançar nesse silêncio e soprar escuridão. 

Aline Melo / Divina Maria / Cristiano Lendarius

sábado, 27 de julho de 2013

Pergunte ao Silêncio



Ainda que todas as palavras se calem ao dizer
e o silêncio venha me dizer sem falar
e me mostrar o que eu sinto sem saber
e mostrar o que eu procuro ao te olhar.

E mesmo que eu perca a sanidade ao pensar
e o pensamento que me engane ao querer
no profundo de seus olhos, me perder
pelo medo que me toma ao sonhar.

E quando o momento da loucura começar,
e eu estiver muito longe de entender
o abandono que a lógica fez crescer
então eu me perderei ao te encontrar.

E no dia em que a contradição se acabar
e o vazio do meu coração se preencher,
os teus olhos, os meus olhos irão ver
os meus olhos, os teus olhos, contemplar.

Então minh’alma se sentirá mais forte
diante do destino miserável dessa sorte
que irá me colocar entre os demais.
E ao tentar me impor a noite escura
e me atirar no abismo da loucura,
só me mostra silêncios imemoriais.

Mas o espírito é guerreiro e não se cansa
de, novamente, ter que entrar nessa dança
desse vai e vem de músicas desiguais.
E para sempre até o fim de todo o tempo
buscaremos para sempre esse momento
e o sempre há de ser isso e nada mais.

Moça de olhos profundos,
olhos que conquistam mundos
transformando a eternidade em segundos
me mostre seus olhares fatais.
Para que o silêncio de minhas palavras
tão simples, tão rudes, tão raras
neste amanhecer de noites claras
possam te falar cada vez mais.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

quinta-feira, 14 de março de 2013

Espelhos de minha alma




Muitas vezes eu me pergunto
onde foi que eu me perdi
seguindo vozes que não ouço,
e os ecos de tudo que vivi.

Levanto as armas, vou à luta,
mistérios cercam o meu olhar.
Sou um grito que ninguém escuta,
a perdição, a loucura e o pesar.

O meu silêncio te chama,
nunca houve escolha ou fim.
Na escuridão, tua voz me clama
e meu olhar te envolve em mim.

Jamais me perderei nas palavras do mundo,
nas contradições e nas verdades irreais,
no pensamento e desejo mais profundo
pois tudo que quero, quero hoje e quero mais.

Sou o vento, sou a dúvida, a vaidade e o querer.
Quero tempo, quero paz, quero a verdade e viver.
Na minha mente há visões, há memórias distantes,
e em meu peito há o vazio de passados inconstantes.

Eu sopro a vida em meu coração
e vejo a guerra que habita o meu ser
e tudo que eu quero, pelo sim e pelo não,
o meu lamento e minha tristeza, esquecer.


sexta-feira, 8 de março de 2013



O que nós queremos???

Queremos transformar tudo que eleva nosso espírito em algo novo. Queremos ultrapassar a barreira do místico e preservar a pureza do clássico. Queremos confundir a sua mente com o som, a palavra e a ideia. Queremos celebrar tudo que é grandioso e trazer a tona todos os Velhos Medos que aceleram nossos corações.




Nada existe de fato. Somos a nossa própria ilusão. Somos o oposto de tudo que pensamos ser porque na verdade, não existe verdade e o "tudo" nada mais é do que uma ideia dentro de outra ideia onde todo princípio gera o seu próprio fim. Assim, vivemos o nosso contrário e o contrário de todas existências ilusórias desse nosso mundo que não existe.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Tempus



A calma que o tempo precisa 

nos faz perder a alma que sempre chora 
E ao ver que o mesmo tempo agoniza 
A nossa mente pensa em ir embora. 
mas não há mais tempo para pensar
que não há tempo pra pensar no tempo
que perdemos tempo procurando tempo
pra pensar no tempo que não temos por não pensar... 


E para sempre, enquanto o sempre se ausentar 
e, repentinamente, ou nunca se tornar. 
Viveremos esse tempo da loucura 
em que todas as coisas tornaram-se vãs
tornaram-se irmãs de todas as manhãs 
dos dias que não voltam mais. 

Mas na profundidade de seus olhos
eu descobri onde nascem os sonhos,
eu descobri porque fazemos planos.
Eu descobri, porque somos insanos,
porque somos humanos 
carregando enganos
e nada mais. 

Vejo sua face refletida no espelho 
contemplando o nosso silêncio ao sorrir. 
Sinto que não há mais nada para ser dito 
e ainda existe muita coisa pra sentir.
E a chuva cai e sempre volta a cair, 
o corpo pede e sempre torna a pedir 
amor que sente o sorriso sem sentir. 
Sinceramente tornará a repetir
que, um tormento, sempre vai ficar aqui. 

No momento que me perco de mim mesmo 
e tento te prender no vazio do meu coração. 
E de todas essas coisas, tento entender a razão 
diante de tudo aquilo que me faz fugir.
O coração é insistente, não quer partir.
Por dentro fica a sensação de que estou 
fugindo daquela dor que torno a sentir... 

Mas na profundidade de seus olhos
eu descobri onde nascem os sonhos
eu descobri porque fazemos planos.
Eu descobri, porque somos insanos,
porque somos humanos
carregando enganos
e nada mais.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Poeira de estrelas


Somos os vestígios de um passado distante. 
Somos a poeira do que foi importante. 
As vezes, eu me pego olhando e contemplo 
o retrato reluzente daquilo que já passou, 
o silêncio oculto nas linhas de todo o tempo 
de tudo que sei, daquilo fui ou tudo que sou. 
E de não saber se é a distância ou o passado, 
ou ilusão da mente ou um retrato amassado, 
ficamos admirados pelo que já passou 
pra todos os olhos menos pros nossos...

Esses olhos cegos pela angústia e pelos medos
trancados no fundo de nossas almas e segredos,
ao se lembrar das luzes que se apagaram
e nossos sonhos abandonados contemplaram
os rascunhos não vividos que escapam aos nossos dedos.

Não cabe a nós saber o que nos espera no futuro
mas cabe a nossa alma o direito de ir a luta
se essa força necessária se oculta
na dúvida que se esconde no escuro. 

Lutar pela vitória ou aceitar a perdição.
Ou você contempla a luz de tentar
e corre-se o risco de se perder ao se achar,
Ou enfrenta o medo da escuridão.

Vou ir ao encontro da luz, se vencer
ou ter a certeza das trevas e não ter
e então reviver a luz de nossas estrelas e sonhos
que há tempos se mantiveram apagadas pelos medos. 

Cristiano Lendarius / Aline Melo


O limite de toda opinião deveria esbarrar no respeito ao próximo. Ninguém é obrigado a seguir nada, pensar nada, ser nada... O que me deixa extremamente irritado é ter que ler um monte de absurdos que são pautados na intolerância, na ignorância e, na maioria das vezes, na maldade gratuita e desnecessária.


Tem dias que me dá vontade de excluir o Facebook só pra não ter o desprazer de me deparar com tanta opinião inútil, falsa revolta e essa vontade infinita de obter atenção que tantas pessoas "inteligentes" demonstram por ai.

Se cada um cuidasse da sua vida, da sua religião (ou falta dela), da sua opção sexual, da sua visão política, do seu gosto musical... aff ... cuidasse da própria vida teríamos, quem sabe, um mundo um pouco melhor.

Fica a dica

sábado, 26 de janeiro de 2013




O imediatismo jamais nos fará ir além de nossos limites. É preciso respeitar o tempo que a vida nos pede. 

Cada passo dado, por menor que seja, sempre acaba nos levando à algum lugar.





Conclusão:

O amor somente é a matéria prima

que, mais cedo ou mais tarde,

vai se transformar em raiva ou em rima.



Confúcio já dizia: "A experiência é uma lanterna dependurada nas costas que apenas ilumina o caminho já percorrido." 


Quando damos as costas para o nosso futuro olhamos diretamente para o nosso passado, nesse momento a luz da nossa experiência iluminará o caminho à frente. As vezes é preciso se libertar dos planos, tirar o pensamento das coisas que ainda não aconteceram e, mesmo de costas e sem enxergar o caminho, ele se iluminará.

"Olhe para o seu passado se você quer enxergar o seu futuro."


"Algumas coisas que atormentam o homem nem sequer tem existência própria, elas são a ausência de algo melhor."


Qual a sua ausência?