Escolhi uma estrela
e mesmo sem crer ou tê-la,
dei a ela o seu nome.
Certa vez, em noite escura,
fugindo da amargura,
e do amor que me consome,
comecei a sentir medo
ao revelar o meu segredo
e para ela, eu cantei.
E isso tudo que eu sentia,
transformei em poesia
tudo isso que eu sonhei.
Em quatro notas musicais
eu busquei o “algo mais”
e toquei meu violão.
Ritmo que sempre segue
o meu ser que está entregue
o meu desejo e coração.
Vou seguindo esse compasso,
e construindo esse laço
enquanto estou à caminhar.
E essa canção me dá aquilo
que me torna mais tranquilo,
e sempre me tira o ar.
E a estrela me olhou,
e com ternura, ela chorou
e me disse em meio ao breu:
"Sei, tu és um sonhador
e eu não mereço o amor
do nome que você me deu!”
E cantando sem parar
eu tentei te alcançar
pra mostrar meu sentimento.
Já com o rosto molhado
e o espírito cansado
desejei o firmamento.
Nessa vida tudo finda,
tudo é ida, tudo é vinda
onde eu busco impossível.
E vou continuar querendo,
nessa morte, ir vivendo
até me tornar insensível.
Mas, mesmo eu não podendo,
a verdade, ir dizendo
em seu ouvido, bem baixinho,
vou deixando, simplesmente,
rolar a paixão ardente
enquanto sigo meu caminho..."
Samuel Versan / Cristiano Lendarius
Samuel Versan / Cristiano Lendarius
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