Ando e sigo uma velha sombra fria
em vastos caminhos que andamos sós.
Preso nesses laços de uma profecia:
Pela frente, a sombra. E por detraz, o sol.
Sigo, em passos longos, o raiar do dia.
Sei, talves um dia vou me libertar
Dessa humanidade cuja a alma é fria.
No frio da noite eu vou me enterrar.
Da desilusão, a revolta é filha.
Filhos de Adão esperam morrer
Pra voltar ao pó e seguir a trilha
e em um novo mundo, talvez, renascer.
Ando e sigo a sombra de uma profecia
de incompletas rimas que, a nós, conduz
a um teatro aberto de alma vazia.
De um lado há sombras e do outro há luz.
Sombras que se vão sem tocar o dia
seguem sua sina sem olhar pra trás.
Repetindo, em vão, uma harmonia,
músicas idênticas, almas desiguais.
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